O renascimento do ciclocrosse em Portugal tem mais um balão de ensaio agendado para amanhã, em Lordelo (Paredes). A disputa do Campeonato Nacional, após mais de uma década de interregno, antecipa uma esperada organização da Taça de Portugal pela Federação Portuguesa de Ciclismo, sendo o pretexto para avivar a memória dos saudosos da vertente que, em pleno Inverno, ocupava a preparação competitiva dos ciclistas de estrada. Venceslau Fernandes, José Fernandes ou José Santiago, os últimos especialistas, trocavam na década de 1980 o asfalto pela lama em circuitos com obstáculos naturais e artificiais que transpunham com a bicicleta às costas, no gesto técnico mais reconhecido do ciclocrosse. Com a implantação do BTT, contemporânea com a subida de "estatuto" de "estrelas" que, na década de 1990, deixaram de se sujar na lama, o ciclocrosse extinguiu-se em Portugal. No domingo, entre a meia centena de participantes, há apenas um "especialista" inscrito, Celestino Pinho, que desde 2009 se dedica à "causa" e o ano passado venceu a Taça Galega de Ciclocrosse. "Encarei o ciclocrosse, que já tinha praticado como júnior e sub-23, como uma forma diferente de preparar a época de estrada. É uma vertente em expansão e quantos mais formos, melhor", avalia o ex-profissional de estrada do Centro de Ciclismo de Loulé, de 27 anos, que enfrentará, na corrida ao título, uma legião de adversários provenientes do BTT. Além do título de Elites, há mais uma dezena a atribuir no Parque do Rio Ferreira, Lordelo, Paredes, a partir das 10h00.
In OJOGO
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