segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

"O segundo adeus de Lance Armstrong..."

A segunda despedida de Lance Armstrong deu-se ontem com a sexta e última etapa do Tour Down Under. "Parto sabendo que dei o melhor de mim mesmo e sem qualquer necessidade de uma placa ou de uma estátua", disse o norte-americano à partida da última corrida. Mas à saída da Austrália deixou obra - um laboratório de investigação de cancro, a sua "doença" - e cerca de 1,5 milhões de euros em donativos para a sua fundação, Livestrong, ao cabo de uma semana em que rodou os pedais sem particular brio, mas nem assim passou despercebido. Primeiro, porque 772 mil adeptos na berma da estrada não deixaram - o Tour Down Under é oficialmente o evento desportivo mais "popular" de sempre no país -, depois porque a "Sports Illustrated" publicou novos dados sobre o alegado passado de dopagem da estrela maior do ciclismo num momento em que o texano de 39 anos está ainda sob fogo cruzado de uma investigação federal. Agora, Armstrong permanecerá no activo mas muda de agulhas: provas de BTT e triatlo, sem desmerecer o atletismo onde, no seu período de reflexão, correu várias maratonas. Se o Tour Down Under, primeira prova do World Tour, foi o fecho para Armstrong, também marcou o início para uma nova geração de corredores, a começar pelo vencedor, o australiano Cameron Meyer, de apenas 23 anos, tanto quanto o vencedor da última etapa, o britânico Ben Swift (Team SKY). A prova contou ainda com portugueses: Bruno Pires (Leopard) foi 63º e Manuel Cardoso (RadioShack) o 89º. José Azevedo foi ainda o director-desportivo na despedida do maior símbolo da actualidade.




In OJOGO (24/01/2011)

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